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A Criação de Lenia
Na era de trevas, não existia nada além de um vasto universo, onde vagava o Primordial, conhecido atualmente como Tannus. Tannus, o Deus dos deuses, o supremo de todo o poder, se sentiu só, e criou uma dama cheia de poder e carisma. Ela ficou conhecida como Biadah, a Deusa do amor. Do fruto do amor dos dois, nasceram Jantaria, deusa do alvorecer e Lunia, deusa da noite. Tannus dedicou-as o dia e a noite, e as deu um mundo onde poderiam prevalecer 12 horas cada.
Depois de tempos, novos filhos de Tannus e Biadah surgiram. Vieram ao mundo dos deuses três seres divinos chamados Bohiadú, deus dos mares, Fiona, deusa da magia e Calistro, deus da justiça. Fiona decidiu criar no mundo dado a Jantaria e Lunia, um paraíso para os Deuses com sua magia, e criou um enorme palácio onde podiam desfrutar de todos os prazeres que imaginassem. O palácio ficou conhecido como Aushgat, o palácio do prazer. Bohiadú banhou o mundo com suas águas e fez os monstros marinhos, que foram os primeiros seres a habitar o mundo.
Fiona e Calistro se apaixonaram, e a Deusa deu luz a um filho chamado Kondrian. Este viu a necessidade de povoar o mundo e receber adoração, então criou um raça chamada eladrin, que viveu ao norte do mundo de Lenia com capacidades fantásticas de manipular a magia. Os eladrins gostavam da vida em seu reino, mas sentiam a necessidade de conviver com outros povos. Pela mesma solidão que Thannus sentiu durante séculos, ficou com pena da raça e criou os elfos. Estes também eram muito ligados à magia, mas não tão eficientes na manipulação quanto os eladrins.
Kondrian veio ao mundo, e acabou se apaixonando por uma elfa. Nasceu do divino com o natural de uma elfa uma menina chamada Sara. A garota possuía um dom para a vida, e decidiu criar toda a vida natural, com sua fauna e flora. A menina foi considerada uma Deusa menor e cultuada por muitos eladrins e elfos que se apegaram rapidamente à natureza. Acabou adotando para si a raça élfica e subiu ao panteão pelo poder e aprovação de Thannus.
Mais 12 filhos nasceram da união de Tannus e Biadah. São eles: Taunan, Deus da força; Vitória, Deusa da humanidade; Giralax, Deus dos monstros; Fändhart, Deus dos anões; Epstor, Deus da morte; Wendy, Deusa da proteção; Talía, Deusa da paz; Ildur, Deus da guerra; Coimã, Deus da trapaça e dos jogos; Dñlivorsh, Deus da traição; Quiria, Deusa das viagens e exploração e Unaria, Deusa dos segredos.
Dos doze filhos, Giralax sempre foi o mais perturbador de todos. Apoiado somente por alguns Deuses, criou a raça dos orcs e goblinóides, voltados para o ódio e batalha. Queria mais que tudo conquistar o mundo com sua raça superior de poder bruto. Vendo a batalha que estava para acontecer, os eladrins esconderam seu reino em proteções mágicas impenetráveis e deixaram os elfos sozinhos em uma batalha praticamente perdida; e teria realmente acontecido não fosse a ajuda dos humanos de Damarir. Vendo que a luta estava perdida, o capitão dos orcs, Grum Mersh’Dgan, recuou com suas tropas e fundou uma cidade aterrorizante nas colinas longe dali.
Hangphaliel, líder dos Eladrins, não suportou o fato de terem que ficar escondidos por covardia, já que sentia orgulho de sua espécie, e acabou criando um ritual para roubar os poderes de Fiona (as lendas dizem que naquele tempo, a magia não tinha restrição de poder). O ritual deu certo, mas a Deusa foi salva pelas forças de seu pai, Tannus. O eladrin que praticava o ritual conseguiu tomar parte dos poderes divinos da Deusa. Várias partes do mundo acabaram ficando danificadas por causa do abalo de poder. Depois do acontecido, muitas áreas do mundo ficaram prejudicadas, e em alguns lugares simplesmente não funciona magia, e em alguns lugares pode chegar a ferir o próprio conjurador, o levando à morte dependendo da quantidade de poder manipulado durante a conjuração. A ira de Tannus foi tão grande que o povo eladrin de Thantaras ficou perdido pela eternidade nos subterrâneos do Reino, enterrados junto com seu líder. O Deus submergiu a cidade e muitos eladrins morreram. Os que conseguiram fugir juraram não ir até lá novamente para não despertar a fúria de Tannus.
Thannus percebeu que o mundo iria se tornar algo perturbador para ele ficar cuidando, então criou os Dragões Primordiais, seres de capacidades quase divinas que iriam reger o mundo e impedir os Deuses de fazerem suas próprias vontades. Eles eram: Astranor, o dragão prateado moderador da magia; Kalius, o dragão de bronze controlador do tempo e destino; Sabar, o dragão negro protetor da terra capaz de moldar os relevos; Lilth, a dragoa branca controladora dos caminhos planares e Nadriala, dragoa azul controladora da vida.
Após criar as cinco raças dracônicas, Thannus e Biadah confiaram a eles a proteção do mundo, e foram ter repouso eterno nas extenções intocáveis do infinito.
Durante séculos, os dragões regeram Lenia com inteligência insuperável, estando de acordo em tudo aquilo que faziam. Astranor, vendo que os seres habitantes do mundo possuíam muita cobiça de poder e não sabiam administrar a magia de Fiona, acabou moderando o poder que eles podiam utilizar. Quanto maior o envolvimento com a magia, mais cansado mentalmente ficam os conjuradores. Sabar tomou frente às regiões, e moldou a terra conforme sua vontade, para fazer nestas terras novas, surgirem civilizações de várias raças. Lilth separou o mundo dos planos inferiores e superiores, monitorando a passagem das almas e formas de vida de um mundo ao outro, e também bloqueou a passagem dos Deuses a este mundo mesmo em seus avatares. Nadriala cuidava de cada alma existente e imbuiu clérigos e seguidores dos deuses, a capacidade de restaurar doenças e ferimentos às pessoas que necessitavam, ainda que para isso devessem ter uma enorme fé em seu Deus. Kalius cuidou do equilíbrio do trato de Lunia com Jantaria no que diz respeito à passagem do tempo, e ficou responsável de escrever o futuro de cada ser existente no mundo, cuidando do destino de cada um.
Tudo andava nos conformes, até alguns dos dragões ficarem entediados da vida que levavam. Eles se reuniram, e através de seus poderes, deram vida a dois dragões com alto nível de poder, para regerem o mundo em seu lugar. Um era Vorash, o Dragão Ancestral; o outro era Shaltermmirillion, o dragão prismático. Os dois foram criados para cuidar de tudo aquilo que Tannus havia criado; porém os dois se mostravam imparciais a tudo o que faziam e não colaboravam um com o outro. Vorash gostava de reinventar o mundo à sua maneira, detruindo o que já havia sido criado para colocar o que lhe viesse a mente; Shaltermmirillion não concordava com as ações de seu irmão, por querer ele próprio fazer as mudanças ao seu desejo. Os dragões primordiais tentaram faze-los parar, mas acabaram sendo destruídos. Seus espíritos hoje habitam Lino Maharoj, uma ilha longínquoa fora dos alcances mortais, selado por magia de alto poder.
Vendo a crueldade de Vorash em destruir seus criadores, Shaltermmirillion travou uma guerra que durou 15 anos contra seu irmão. Eles criaram uma nova raça feita para o combate, os Dragonborns, que possuíam poderes ancestrais de seus parentes dracônicos. O dragão prismático venceu a luta e acabou sendo aclamado pelo povo da região oeste como rei. Ele gostou de ser renomado como um e governa o povo de seu Reino até hoje.
Cultos de clérigos malignos tentam trazer Vorash de volta a vida, pois dizem as lendas que ele é o único capaz de destruir os espíritos dos dragões reis. Acabando com eles, a magia estará com todo o seu poder novamente nas mãos de Fiona, que não hesitará em liberar o uso de toda a sua força novamente.
Shaltermmirillion hoje vive para governar, e não está interessado em nada que acontece no mundo. Também não considera perigosa nenhuma ameaça existente atualmente em Lenia, por isso não se envolve pessoalmente.
Um século após a batalha de Shaltermmirillion, um paladino de Calistro recebeu uma visão. Nesta visão, ele via o mundo ser atacado por uma aberração de vários braços e que desceria dos céus como uma chuva de fogo. Durante alguns anos, o paladino percorreu o mundo buscando os maiores guerreiros existentes. Encontrou Raphael, um anjo dos planos Celestiais; Eranias, um paladino de Epstor; Tal’Jalahrard, um gênio feiticeiro do plano do Ar; Terraviva, um elfo druida de Sara poderosíssimo, Alandra, uma humana clériga de Vitória e Balhit Kalamatunar, um dragonborn de descendência vermelha e temeroso guerreiro. Juntos eles derrotaram a aberração ao comando do paladino e conseguiram acabar com o suposto fim dos tempos. Ficaram reconhecidos no mundo todo e o paladino de Calistro começou a ser chamado de Guerreiro do Apocalipse, e ele gostou disso.
Anos após a batalha, Tirael recebeu outra visão. Desta vez, ele via um cavaleiro vestido em armadura negra cavalgando um enorme dragão Task'huban, destruindo grandes cidades e com um exército de mortos-vivos ao seu comando; mas para sua surpresa, ele mesmo era o cavaleiro. Inicialmente, ficou aterrorizado pelo que vira, e ignorou completamente suas visões; mas com o tempo, encarou aquilo de outro modo. Um modo desconhecido por todos.
O paladino, chamado de Tirael, acabou traindo seu Deus após destruir conscientemente seus aliados um a um; ou melhor, quase todos. Raphael foi o único que conseguiu escapar com vida e foi poupado e conservado no plano do próprio Calistro, mantido sob sua guarda. Perdendo seus poderes, Tirael tornou-se um algoz cujos objetivos todos desconheciam. Mas independente do que ele realmente queria, o que mas lhe agradava era imaginar que seu destino estava sendo quebrado.
Guiado por Calistro, Raphael voltou a Lenia, empunhando a espada sagrada do Deus, e combateu Tirael. Ganhando a batalha (mas não destruindo todo o seu exército), levou a alma do algoz até o Limbo, num lugar onde ninguém ousaria chegar. A alma de Tirael foi selada nas profundezas do plano do Caos através de magia de proporção nunca vista em Lenia. O objetivo de Raphael foi concluído, mas o anjo possuía uma essência de tão pura bondade, que a presença dele no plano do Caos apagou sua existência pela eternidade.
O exército de Tirael marcha incansavelmente pelo sul de Lenia, ainda tentando realizar os objetivos do seu mestre. Estão ao comando do general Bizileth, um demônio do nono inferno que tenta finalizar os planos do algoz.